Jornalistas de Minas terá nova seção ‘Pra não dizer que não falei de crônicas’

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O SJPMG e a Casa do Jornalista estreiam no dia 1º de setembro, terça-feira, um novo espaço de leitura: “Pra não dizer que não falei de crônicas”. A seção, que passará a fazer parte do Jornalistas de Minas, apresentará crônicas escritas por jornalistas mineiros. A primeira será de Carlos Herculano Lopes, que, além de ter trabalhado durante décadas no jornal Estado de Minas, é escritor reconhecido e premiado, autor de diversos livros, alguns já transformados em filmes.

O nome da seção foi sugerido por um dos autores que integrarão o time, o jornalista e também cronista Arnaldo Viana, numa dupla referência: à célebre canção de Geraldo Vandré Pra não dizer que não falei das flores, mais conhecida como Caminhando, e ao livro Podem dizer que não falei de flores, do jornalista Celius Aulicus, o General da Banda, um dos cronistas mineiros mais celebrados e queridos.

A intenção do projeto é recuperar um gênero literário de grande sucesso, oferecendo ao público um time de qualidade que atualmente está fora das páginas dos jornais. Além de Herculano, já foram convidados e toparam: Mauro Werkema, Arnaldo Viana, Daniel Gomes, Hermínio Prates, Danilo Andrade, Carlos Felipe, Rogério Perez, Djalma Gomes, Mirtes Helena e Déa Januzzi. O tema das crônicas será livre e os autores escreverão sobre o que quiserem.

“Nos últimos anos, muitos cronistas saíram dos jornais, aposentaram, e as crônicas perderam o espaço que tinham”, observa Ivan Drummond, diretor de Aposentados do SJPMG e idealizador e coordenador do projeto. “O público sente falta das crônicas saborosas que fizeram a fama de tantos jornalistas”, acrescenta, citando mestres como Roberto Drummond, Wander Piroli, Plínio Barreto e Márcio Rubens Prado e Celius Aulicus, já falecidos.

Estes autores, aliás, também estão na mira do projeto, que negocia a republicação de suas crônicas. “Já estamos em contato com as famílias desses escritores jornalistas”, informa Ivan.

O projeto pretende ainda publicar charges. Oldack Esteves, decano da charge mineira, se prontificou a enviar seus desenhos, que durante décadas tiveram espaço cativo no jornal Estado de Minas. O trabalho do chargista Son Salvador, falecido em 2019, é outro que deverá reaparecer no Jornalistas de Minas, graças à colaboração dos seus familiares.

Livro e revista

Entusiasmado com o projeto, Ivan Drummond já sonha com a publicação, no futuro, de uma coletânea de crônicas, em livro, pela Casa do Jornalista. Além disso, o presidente da Casa do Jornalista, Mauro Werkema, teve ideia de publicar uma revista mensal com uma crônica de cada um dos participantes. Observadores da História,  por dever de ofício, os jornalistas têm  muito a contar.

“A Casa do Jornalista, com pleno apoio do Sindicato, por indicação do companheiro Ivan Drummond, jornalista de longa tradição familiar, faz um convite a que os jornalistas exerçam sua aptidão de escritores”, afirma Werkema, também integrante do time de cronistas do projeto.

“Com suas histórias de vida,  vivências e observações, muito próprias da profissão, os jornalistas, em especial os aposentados, estão convidados a produzir estes gêneros literários, o conto e a crônica, que permitem de maneira mais livre e ampla relatar ricas experiências. E exercitar talentos literários.”

Segundo Werkema, a iniciativa não só possibilita a vários companheiros retornar ao ato fundamental de escrever, mas também oferece aos diversos públicos da literatura e do jornalismo textos de jornalistas experientes, vários deles escritores já renomados.

“E  poderá suprir a carência de  publicações que, com a visão e o testemunho de jornalistas experimentados, contam a vida, história, vivências,  saberes e fazeres mais recentes de Belo Horizonte e de Minas Gerais”, acrescenta Werkema.

[22/8/20]

 

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