Considerando a gravidade do ataque realizado contra jornalistas na noite de quarta-feira, 13 de maio, no bairro Santa Efigênia, na capital mineira, o procurador-geral de Justiça, Antônio Sérgio Tonet, designou os promotores de Justiça Patrícia Medina Varotto de Almeida, Marcelo de Oliveira Milagres, Paulo Roberto Santos Romero e Pablo Gran Cristófaro para acompanharem o Inquérito Policial instaurado pela Polícia Civil para apurar o fato.
Na ocasião, frases ofensivas contra os profissionais de imprensa foram pichadas em um tapume colocado na Avenida Alfredo Balena (foto), ao lado do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os escritos de ódio direcionados à categoria incentivavam o assassinato de jornalistas, como, por exemplo, “jornalista bom é jornalista morto” e “colabore com a limpeza do Brasil, mate um jornalista”.
A presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais (SJPMG), Alessandra Mello, registrou boletim de ocorrência sobre os fatos e ressaltou que tem crescido o número de ataques contra os profissionais de imprensa no país. De acordo com o relatório Violência contra Jornalistas e Liberdade de Imprensa no Brasil, disponibilizado no site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), em 2019, foram registrados 208 ataques a veículos de comunicação e a jornalistas em território nacional, um aumento de 54,07% em relação ao ano anterior, quando foram registradas 135 ocorrências.
Antônio Sérgio Tonet afirmou que o MPMG repudia toda e qualquer forma de ameaça contra os profissionais de imprensa. Segundo ele, esses atos constituem deploráveis ataques ao próprio regime democrático, valor universal dos povos civilizados. Tonet informou, ainda, que a instituição empenhará todos os esforços para que os autores sejam identificados, processados e punidos na forma da lei.
[15/05/2020]