Nova diretoria da Fenaj realiza Seminário Sindical e de Planejamento em SP

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A diretoria da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) reúne-se em São Paulo, de 29 de novembro a 1º de dezembro para seu Seminário Sindical e de Planejamento. O evento tem o apoio da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ) e contará com a participação de 33 dirigentes sindicais de todas as regiões do país.

Nesta sexta 29 os sindicalistas participam também de um Ato Público contra a Medida Provisória 905/19, às 18h30, nas escadarias do Teatro Municipal, com presença de centrais sindicais e sindicatos atingidos diretamente pela MP do governo. A MP 905, que institui a chamada carteira de trabalho Verde e Amarela (com menos direitos), acaba com a obrigatoriedade do registro profissional para o exercício do Jornalismo.

Futuro do trabalho

A programação do encontro foi dividida em dois momentos. No dia 29 de novembro, os participantes debatem “O futuro do trabalho na economia digital e desafios para a organização dos trabalhadores”, em três painéis. Nos dias 30 de novembro e 1º de dezembro, acontecerá o planejamento da Gestão 2019-2022 da Fenaj.

O Seminário Sindical começa às 10h da sexta 29/11, com o painel “O futuro do trabalho na economia digital e a nova classe trabalhadora”, com a doutora em Ciências Sociais Ludmila Costhek Abílio, e com o economista Márcio Pochmann, presidente da Fundação Perseu Abramo. Ambos são professores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A mediação será feita pela secretária-geral da Fenaj, Beth Costa.

A partir das 14h, acontecerá o painel “As mudanças tecnológicas e suas consequências para o Jornalismo”. Os convidados são Rafael Grohmann, professor doutor do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), e Jacques Mick, professor doutor do Programas de Pós-Graduação em Jornalismo e em Sociologia e Ciência Política Universidade Federal de Santa Catarina. A discussão terá comentários dos diretores da Fenaj Rafael Mesquita e Celso Schröder.

Dando sequência, o debate será em torno do tema “Contrarreforma sindical e estratégias para a ação sindical local e global”. Os palestrantes são Victor Pagani, diretor-técnico do Escritório do Dieese em São Paulo, e Vagner Freitas, vice-presidente da CUT. A mediação será da segunda vice-presidenta da Fenaj, Samira de Castro.

A atividade encerra-se com o Ato Público contra a Medida Provisória 905/19, às 18h30, nas escadarias do Teatro Municipal de São Paulo. Além da presença de dirigentes sindicais dos jornalistas de todas as regiões do país, a manifestação contará com representantes da CUT, das demais centrais e dos sindicatos atingidos diretamente pela MP do governo Bolsonaro que, entre outras medidas, institui a chamada carteira de trabalho Verde e Amarela (com menos direitos) e acaba com a obrigatoriedade do registro profissional para o exercício do Jornalismo.

Planejamento da gestão

No sábado 30/11 e no domingo 1/12, os dirigentes abordam o planejamento estratégico da atual diretoria da Fenaj, eleita para período 2019-2022, tendo como facilitador Élvis Poletto. “O objetivo do seminário é tirar ações que organizem a ação sindical e política da Fenaj em nível nacional, liderando o conjunto do movimento social brasileiro na luta pela democratização da informação”, afirma a presidenta da Fenaj, Maria José Braga, reeleita em julho deste ano para seu segundo mandato consecutivo à frente da entidade.

Além da luta pela revogação das contrarreformas trabalhista e previdenciária e das recentes medidas provisórias que afetam toda a classe trabalhadora brasileira, a diretoria da Federação debaterá ações e estratégias para o enfrentamento do avanço da censura e do cerceamento à democracia e às liberdades.

Para Braga, os jornalistas, como integrantes da classe trabalhadora brasileira, estão perdendo conquistas históricas e sofrem com questões específicas da categoria, como o desrespeito à jornada de 5 horas diárias e as constantes violações ao direito do exercício profissional por meio da violência. “O Jornalismo brasileiro está enfraquecido e a democracia ameaçada, exigindo posições e ações firmes da entidade de representação máxima da categoria”, pontua.

“A Fenaj vê com preocupação a escalada da violência contra jornalistas, sobretudo dos ataques vindos do presidente da República, Jair Bolsonaro, tanto aos profissionais quanto ao Jornalismo em si, que passamos a contabilizar esse ano, desde sua posse”, acrescenta a presidenta da Fenaj. Os temas centrais da categoria e as propostas de enfrentamento serão, então, debatidas e planejadas pelo conjunto dos dirigentes nacionais.

 

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[28/11/19]

 

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