No dia 11 de dezembro, o dirigente sindical José Aparecido, do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas e de Jornais de Minas Gerais – STIG MG, esteve na sede do jornal Estado de Minas para protocolar documento no qual solicitava à empresa o pagamento de contribuições dos trabalhadores não repassadas ao Sindicato (contribuição sindical, assistencial e social) e documento no qual era solicitado o desconto de uma contribuição extra dos trabalhadores ao Sindicato, a ser descontada no décimo terceiro salário.
Orientado por Renato Teixeira, diretor sócio do jornal e membro do sindicato patronal, José Aparecido seguiu até o departamento jurídico do Estado de Minas para fazer o protocolo. No entanto, ao ser recebido pelo advogado Joaquim, José Aparecido sofreu diversos ataques morais, além de o advogado da empresa ter chamado a segurança e ameaçado chamar a polícia caso o dirigente sindical não se retirasse do local.
Diante disso, José Aparecido fez contato novamente com o diretor Renato Teixeira, na busca de uma solução para o impasse, para que os documentos fossem recebidos pelo jornal. Entretanto, a postura do diretor do jornal foi de proteger seu departamento jurídico, se negando a receber os documentos e mantendo-se conivente com os ataques morais promovidos contra o dirigente sindical.
Essa postura é parte da concepção que busca criminalizar os movimentos sociais e os sindicatos, associando dirigentes sindicais com bandidos e tratando as direções dos trabalhadores com ameaças de repressão policial.
Quem poderia ser tratado como bandido era o jornal Estado de Minas, que procedeu a diversos descontos na folha de pagamento dos trabalhadores e não os repassou para o sindicato profissional, se apropriando de um dinheiro que é da categoria. Já ocorreram diversas reuniões e acordos no Ministério do Trabalho, mas a empresa se nega a pagar o devido valor descontado dos trabalhadores ao STIG-MG.
Dado os fatos, assinamos essa nota de repúdio à postura criminosa do jornal Estado de Minas, promovida pelo jurídico da empresa e corroborada pelo seu sócio. Exigimos que cada centavo da categoria seja repassado devidamente ao Sindicato. Os trabalhadores exigem respeito. Dirigente sindical não é criminoso.
Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Gráficas e Jornais de Minas Gerais
Sindicato dos Empregados na Administração de Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas de Minas Gerais
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais
[13/12/18]