Em assembleia realizada na tarde desta terça-feira 4/12, os jornalistas do Diário do Comércio decidiram continuar em greve. A paralisação da redação é total. A edição impressa do jornal não circulou hoje e não circulará amanhã.
A empresa deve o adiantamento do salário que deveria ter sido pago no dia 15 de novembro e a primeira parcela do 13º, que deveria ter sido paga no dia 30 de novembro. Deve ainda o salário que vence no quinto dia útil, sexta-feira.
Parte dos salários de outubro, que também não tinha sido paga, foi quitada na segunda-feira 3/12, quando a greve começou.
Os trabalhadores reivindicam o pagamento de todos os atrasados e dos salários que estão vencendo na sexta-feira.
Para voltar ao trabalho, eles exigem que pelo menos 20% dos salários devidos sejam depositados nesta quarta 5.
O não pagamento dos salários agravou o desrespeito do DC aos direitos dos seus empregados. Em outubro, o jornal demitiu cinco trabalhadores e não pagou a verba rescisória e nem mesmo o salário do mês trabalhado.
Em março deste ano, a 14ª Vara da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte condenou o diário por não recolher o FGTS dos seus jornalistas. O jornal também foi condenado a pagar multa equivalente a 50% do salário de cada empregado pago no final das vigências das Convenções Coletivas de Trabalho de 2012 a 2017, por desrespeito à lei que determina o recolhimento do FGTS.
Em 2016, os jornalistas do DC caíram na malha fina da Receita Federal, porque a empresa descontou o imposto de renda na fonte mas não o repassou à Receita.
(Na foto, jornalistas do DC reunidos na porta da empresa. Crédito da foto: Rogério Hilário.)
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[4/12/18]