O jornal Estado de Minas e a TV Alterosa não compareceram à mediação no Ministério do Trabalho marcada para esta quinta 5/4 para discutir a tentativa de aumento da jornada de trabalho para 10 horas, sem pagar horas extras. A reunião foi pedida pelo Sindicato dos Empregados na Administração de Jornais e Revistas da Capital. Diante do não comparecimento, a mediadora encaminhou pedido de fiscalização nas empresas.
“Liguei para o procurador do jornal, Gustavo Aquino, para saber por que ele não compareceu, e ele me respondeu que a empresa não tem interesse em discutir o assunto. Isso mostra que a intenção da empresa é abusiva e lesiva aos interesses dos trabalhadores”, disse Rodrigo Marcos do Carmo, diretor do sindicato dos empregados na administração.
No mês passado, o Estado de Minas e a TV Alterosa distribuíram aos jornalistas, gráficos e empregados da administração um documento para que eles assinassem concordando com o aumento da jornada de trabalho para 10 horas por dia. Diante da reação dos jornalistas e dos gráficos ao aumento da jornada, o Estado de Minas e a Alterosa reavaliaram o procedimento em relação às duas categorias, mas mantiveram o assédio aos empregados da administração.
Segundo Rodrigo, alguns trabalhadores assinaram o documento, com receio de perder o emprego. Por isso o sindicato pediu a mediação do Ministério do Trabalho.
Em 2016, as duas empresas impuseram ilegalmente um corte salarial de 30%. Agora, depois de reduzir os salários, querem aumentar a jornada, também ilegalmente. A redução salarial está sendo questionada na justiça pelos sindicatos e o Ministério Público do Trabalho já deu parecer afirmando que ela é ilegal.
A orientação dos sindicatos é que nenhum trabalhador assine o acordo para aumento da jornada de trabalho.
Nenhum direito a menos!
Luta, Jornalista!
[5/4/18]