Sindicato repudia demissões nos jornais O Tempo e Super

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O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais repudia a demissão de jornalistas e outros funcionários da Sempre Editora, proprietária dos jornais O Tempo, Super e Pampulha, portal O Tempo e Rádio Super Notícia. A demissão caracteriza uma perseguição a profissionais que se mobilizaram pelo pagamento de horas extras e ocorre às vésperas da votação, pelos trabalhadores, da proposta feita pela empresa para regularizar essa situação.

O Sindicato considera esse procedimento da empresa, que não é novo, lamentável, pois representa uma forma de coagir os jornalistas. Em todas as reuniões de negociação para pagamento das horas extras a empresa se comprometeu a ampliar o número de empregados e agora se contradiz, demitindo.

Apesar disso, em respeito aos trabalhadores, o Sindicato mantém a votação, marcada para a próxima segunda-feira, 26/2.

O Sindicato se solidariza a todos os demitidos. As demissões criaram um clima pesado na redação. Os sete jornalistas dispensados são profissionais queridos, respeitados, premiados.

Também foram dispensados trabalhadores da administração e motoristas. Para parte destes, a empresa teria feito propostas de recontratação com salários reduzidos.

A Sempre Editora alega que não tem dinheiro. O Sindicato gostaria de saber como a empresa que publica alguns dos principais jornais mineiros – entre eles o de maior vendagem no país, o Super Notícia – e que recebe as maiores verbas publicitárias do governo de Minas e de prefeituras, além do governo federal e dos editais pagos da Cemig, entre outros, pode alegar dificuldades financeiras.

Prova dessa mentira é que recentemente a empresa comprou e colocou no ar a Rádio Super Notícia.

Problemas de pagamento de horas extras sempre existiram na empresa e se agravaram quando a rádio entrou no ar, com trabalhadores trabalhando mais de 10 horas por dia. Os jornalistas também passaram a trabalhar todos os finais de semana sem receber a mais por isso.

O Sindicato esteve na empresa na quarta 21/2 e denunciou publicamente os abusos e tentativas de intimidação da Sempre Editora.

Não é a primeira vez que a empresa adota o procedimento de demitir trabalhadores que defendem seus direitos. O mesmo aconteceu quando os jornalistas se rebelaram contra a infestação de piolhos na redação, em 2016, com a demissão dos que criticaram a falta de higiene e organização da empresa.

Este é o procedimento padrão da Sempre Editora: atacar o trabalhador, perseguir quem critica, quem é contra, quem exige o cumprimento de direitos e condições dignas de trabalho, salário justo, pagamento de horas extras. Não podemos aceitar isso.

Luta, Jornalista!

[22/2/18]

2 COMMENTS

  1. É mto ridículo a forma que fizeram com as pessoas demitidas tendo supervisores e gerentes tão incompetentes como Fernanda e Rômulo do setor de telemarketing que nunca preocuparam com nada e ninguém fazendo as coisas só pra quem ficam bajulando uma panela só.

  2. Vergonha essa gente que usa profissionais para o crescimento empresarial e projeção política e edita rotineiramente as práticas que condena.

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