Os demitidos da Ediminas – Hoje em Dia, arrolados na dispensa em massa ocorrida no dia 29 de fevereiro de 2016, vêm a público externar sua consternação diante da nota divulgada hoje pela empresa, segundo a qual a mesma vem “cumprindo rigorosamente a legislação trabalhista”.
O grupo citado foi demitido ao findar do último dia do mês de fevereiro propositadamente, de modo a não incorrer no período alusivo à negociação salarial, mas, ao mesmo tempo, fazendo os mesmos, inocentemente, fecharem a edição do dia seguinte sem saber que seriam defenestrados ao findar da jornada, numa atitude que evidencia a covardia dos gestores.
Não bastasse, em reunião oficial, se comprometeram, mediante o Ministério do Trabalho, a pagar o rescisório, chegando ao ponto de marcar horários com os demitidos no Sindicato dos Jornalistas, compromisso esse escalonado a partir da ordem alfabética.
No entanto, na véspera, à noite, em mais uma atitude inacreditável, depositaram o montante de R$ 500 reais na conta de cada um, sem nenhuma explicação.
No dia do acerto, os representantes da mesma compareceram ao Sindicato, no veículo identificado do jornal, e, frente aos demitidos e aos advogados e representamtes do mesmo, se negaram a pagar, dizendo que deveríamos procurar a justiça.
Não bastasse, ainda se retiraram do lugar rindo, o que foi devidamente fotografado.
Com essa atitude irresponsável e leviana, jogaram os demitidos numa barafunda sem fim, pois sequer tiveram acesso de imediato ao FGTS, dado o grau de irregularidade da demissão.
Pessoas chegaram a ser hospitalizadas, mas, nas reuniões seguintes, o tom de insensibilidade foi mantido, chegando a nova gestão a colocar seguranças armados na porta da sede, de modo a intimidar os ex-funcionários. Alguns tiveram que viajar para outras cidades para tentar receber o seguro-desemprego, numa Via Crúcis sem fim, que perdura até hoje, passados mais de 15 meses após o ocorrido.
Trabalhadores demitidos do jornal Hoje em Dia / Ediminas
(Crédito da foto: Pedro Prates.)
[1/6/17]