Dia do Jornalista é comemorado com luta nas redações

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Jornalistas e Radialistas de Belo Horizonte comemoraram com luta nas redações o Dia do Jornalista, nesta sexta-feira 7/4. Dirigentes dos dois sindicatos visitaram as redações de rádio e televisão conclamando os profissionais a fazerem deste dia um dia de luta contra a ofensiva do governo federal e dos patrões contra os direitos dos trabalhadores. Na próxima segunda-feira será a vez dos Sindicatos dos Jornalistas, Gráficos e Empregados na Administração percorrerem as redações de jornais e revistas.

Jornalistas, radialistas, gráficos e empregados na administração unificaram sua campanha salarial em 2017 com o objetivo de somar forças em defesa dos seus direitos. As primeiras reuniões com os patrões, realizadas neste semana, mostraram que as negociações serão duras e que só a mobilização das categorias poderá impedir cortes de direitos e garantir a recuperação das perdas salariais dos últimos anos.

“Estamos comemorando o Dia do Jornalista, mas também estamos mostrando que vivemos um momento muito difícil para todos os trabalhadores e em especial para os jornalistas”, disse o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes. “Mais importante que comemorar é nos organizarmos e lutarmos contra a ofensiva do governo e contra a proposta patronal de corte de direitos apresentada nesta semana.”

O diretor do Sindicato dos Radialistas Valdir Costa disse que é hora de radialistas e jornalistas se unirem. “É uma honra estar junto da categoria neste dia. Trabalhamos juntos e lutamos juntos”, afirmou.

Atendendo ao apelo do Sindicato, muitos jornalistas compareceram ao trabalho vestindo preto. O Sindicato distribuiu um boletim no qual conclama a categoria a impedir que os patrões aniquilem a nossa profissão. “Temos um chamado para todos nesta data tão simbólica. Não vamos deixar os patrões matarem o jornalismo”, diz o texto. “Muitos donos de empresas de comunicação odeiam a nossa profissão e querem, descaradamente, apenas o poder que dela emana. Por isso tratam seus empregados como peças descartáveis. Chega a parecer que são inimigos, afinal, há uma diferença latente entre as visões de mundo.”

“Orgulho de ser jornalista, de lutar por uma sociedade melhor e mais justa, de fiscalizar os poderes e, enfim, de insistirmos na utopia que nos move, não nos falta. É por isso que acordamos todos os dias e, infelizmente, até nos sujeitamos às condições cada vez mais precárias de trabalho”, continua o texto.

Segundo a análise do Sindicato, o quadro atual é, provavelmente, o pior para a nossa profissão. “Estão na lista de maldades do patronato o achatamento dos salários, demissões em massa e acúmulo de funções. Soma-se a isso um quadro de disseminação de notícias falsas (a pós-verdade), que evidencia a necessidade dos jornalistas serem diplomados e capazes de produzir informações com qualidade e ética.”

O cenário fica ainda pior quando os jornalistas constatam a aliança cada vez mais explícita entre os podres poderes dos patrões de jornais, revistas, rádios e televisões e o governo atual, que se empenha com crueldade em acabar com todos os direitos conquistados pelos trabalhadores. Para mudar esse quadro, é preciso lutar, sem esmorecer.

“A nossa causa é fundamental. Hoje, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais pede que os trabalhadores da noticia vistam preto e marquem posição contra a ofensiva dos patrões e do governo. A nossa comemoração é na porta das redações, ao lado do trabalhador, para unidos enfrentarmos essa ofensiva orquestrada de patrões e governo.”

Na foto, o presidente do Sindicato dos Jornalistas, Kerison Lopes, fala na redação da Rede Record, ao lado do diretor do Sindicato dos Radialistas Valdir Costa. Crédito da foto: Felipe Castanheira.

[7/4/17]

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