O Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais vem a público manifestar sua indignação diante do assassinato do empresário e jornalista Maurício Campos Rosa, ocorrido na noite desta quarta-feira 17/8, e exigir das autoridades a apuração rigorosa do crime. O Sindicato solidariza-se aos familiares e colegas do jornalista, que trabalhou como repórter fotográfico nos Diários Associados Minas e em outros veículos e há cerca de 20 anos publicava o jornal O Grito, em Santa Luzia, onde foi executado com cinco tiros, ao sair da casa de um amigo.
Embora não se conheçam ligações entre o crime e o exercício profissional da vítima, o assassinato assusta os profissionais do jornalismo por sua violência, que faz lembrar outros assassinatos recentes de jornalistas em Minas Gerais, os quais se encontram impunes e mal esclarecidos, em especial os de Rodrigo Neto e Walgney Carvalho, no Vale do Aço, em 2013, e Evany José Metzker, no Vale do Jequitinhonha, em 2015. Passados um ano e três meses do assassinato de Evany Metzker, notícia de repercussão internacional, a sociedade ainda ignora o resultado do inquérito policial. As investigações foram feitas em sigilo e todas as vezes em que buscou informações das autoridades o Sindicato não obteve resposta.
A esta situação somam-se outros casos de violências praticadas por policiais militares contra jornalistas no exercício da sua profissão e que continuam sem solução, configurando um quadro de leniência das autoridades.
Toda violência contra jornalista é um atentado à liberdade de imprensa e ao direito de informação da sociedade. Cada morte de jornalista não apurada é um estímulo para novos crimes. A impunidade é inaceitável.
O Sindicato dos Jornalistas mais uma vez manifesta sua solidariedade irrestrita a todos os jornalistas vítimas de violência, exige o esclarecimento do assassinato de Maurício Rosa, bem como a punição dos seus autores, e espera que desta vez o governo do estado aja com o rigor que o caso requer.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais, 18/8/16.
Diante da frequência com que vem ocorrendo assassinatos de colegas e da falta de resultados das apurações para que os culpados sejam punidos, creio que se torna necessária uma ação nossa junto ao Ministério Público Estadual para que se empenhe mais nas investigações, talvez até liderando uma força tarefa na busca de soluções. Chega de ver famílias perderem seus entes queridos para a covardia dos assassinos e a inércia das autoridades.