Os trabalhadores da Imprensa Oficial de Minas realizam assembleia nesta quinta-feira 7/7 às 10h na porta da sua sede para avaliar a proposta de greve contra a extinção da instituição. A extinção da Imprensa Oficial está prevista na reforma administrativa do governo Pimentel em tramitação na Assembleia Legislativa.
A assembleia foi marcada depois de reunião realizada nesta quarta-feira 6/7 entre os trabalhadores e o diretor-geral da Imprensa Oficial, Eugênio Ferraz, da qual participou o presidente do Sindicato, Kerison Lopes. Na reunião, Kerison reiterou a posição do Sindicato, já manifestada em audiência pública da Assembleia Legislativa sobre o tema, na semana passada, contrária à extinção do órgão.
“O governador terá o mês de julho, quando a Assembleia estará em recesso, para refletir sobre o assunto. Esperamos que na volta do recesso, em agosto, ele retire o projeto da pauta”, disse Kerison.
Ele argumentou que a Imprensa Oficial é um patrimônio cultural de 125 anos do povo mineiro, pela qual passaram nomes ilustres como os escritores Carlos Drummond de Andrade e Murilo Rubião, os políticos Juscelino Kubitschek e José Maria Alckmim. Mantém projetos sociais destinados a deficientes visuais e publica o Suplemento Literário, reconhecido internacionalmente. Além de tudo isso, a instituição é superavitária.
“Não existe argumento financeiro para extinção da Imprensa Oficial”, ressaltou Kerison. “Ela é uma fonte de receita para o estado.”
(Na foto, a audiência na Assembleia Legislativa. Foto Guilherme Dardanham / ALMG.)