Rádio e TV: jornalistas discutem proposta patronal e preparam mobilização

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Jornalistas que trabalham em emissoras de televisão e rádio em Belo Horizonte reuniram-se na noite desta terça-feira 17/5 na sede do Sindicato para avaliar a última proposta patronal e discutir os rumos da Campanha Salarial 2016/2017. A reunião contou com participação expressiva de 52 profissionais, que demonstraram preocupação com demissões, perdas salariais e a intransigência patronal em negociar. Eles se comprometeram com a mobilização dos demais colegas, nas redações, e marcaram nova reunião para o próximo dia 31/5, terça-feira, às 19h30, depois de uma nova rodada de negociações com os patrões.

O presidente Kerison Lopes informou os presentes que os sindicatos dos jornalistas e dos radialistas decidiram unificar suas campanhas. Ele lembrou que a pauta de reivindicações foi apresentada aos patrões em fevereiro e que cinco reuniões de negociação já se realizaram desde então, a última delas na tarde desta terça. Lembrou também que na campanha de 2015 os jornalistas tiveram reposição inferior à inflação, o que representou perda salarial, e que um índice inferior este ano significaria achatamento ainda maior dos salários. O Sindicato reivindica reajuste igual ao INPC da data-base 1º de abril de 2016, que foi de 9,91%.

Os patrões oferecem praticamente a metade desse índice, embora sua proposta tenha evoluído desde a primeira oferta, que foi reajuste de 2%. Na última proposta, eles ofereceram reajuste de 5% em todas as faixas salariais, inclusive no piso. Para as demais cláusulas (auxílio creche, auxílio funeral e seguro de vida), o reajuste seria de 7%, sendo 4% retroativos à data-base e 3% três meses depois da assinatura da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT). Os patrões propõem ainda abono salarial de R$ 2.100, pago em duas parcelas, a primeira em julho, no valor de R$ 1.000, e a segunda em outubro, no valor de R$ 1.100, além da manutenção das demais cláusulas constantes da CCT 2015/17.

O Sindicato insistiu mais uma vez na cláusula de estabilidade, mas os patrões se negaram a discutir novos direitos. O Sindicato acenou com um acordo que dividiria o reajuste em duas parcelas de 4,95%, sendo a primeira retroativa a 1º de abril e a segunda a partir da assinatura da CCT.

A próxima reunião com o sindicato patronal está marcada para o dia 30/5 às 11h30.

Participe da campanha salarial! Sua mobilização é fundamental para a conquista de melhores salários e condições de trabalho!

 

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