Rádio e televisão: sindicatos fazem segunda rodada de negociação da campanha salarial

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O Sindicato dos Jornalistas e o Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão de Minas Gerais realizaram nesta quinta-feira 17/3 a segunda rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) 2016/2017. O Sindicato dos Jornalistas foi representado pelo presidente Kerison Lopes e pelo diretor de Fiscalização, Bruno Couto. A representação patronal teve cinco integrantes, sob comando de Edmundo Lopes, representante da Rede Globo de Televisão.

Na primeira reunião, realizada no dia 25/2, os dois sindicatos aprovaram um calendário de reuniões e apresentaram suas análises. O Sindicato dos Jornalistas apresentou a proposta de reajuste igual à reposição da inflação mais aumento de 5% de ganho real.

Hoje, o representante patronal Edmundo Lopes disse que era preciso avançar no que chamou de “ajustes de expectativas” entre as duas partes, que ficaram muito distantes na primeira reunião. Ele disse que o setor está perdendo faturamento decorrente da crise econômica e apresentou uma contraproposta de reajuste.

A contraproposta patronal é de reajuste de 5% nos salários e de 3% no auxílio creche, seguro de viagem e auxílio funeral, além de abono de R$ 2 mil (mesmo valor do ano passado) e manutenção das demais cláusulas.

O presidente Kerison Lopes rechaçou a proposta argumentando que a projeção da inflação para 1º de abril, data-base da categoria, é de 11%, ou seja: a proposta patronal não chega nem à metade desse índice, no reajuste salarial, e é ainda pior nos demais reajustes e no abono.

Kerison observou que os jornalistas vivem este ano uma novidade em relação ao ano passado: a participação mais ampla da categoria e a luta em defesa dos seus direitos. Ele enfatizou que os jornalistas não abrem mão da reposição da inflação e disse confiar que esta será uma boa campanha salarial, com ampla mobilização.

Reafirmou também a necessidade de debate de introdução na CCT de uma cláusula referente à garantia provisória do emprego, a exemplo da que já existe na CCT dos jornalistas de jornais e revistas.

A próxima rodada de negociações está marcada para o dia 31 de março.

O Sindicato conclama os jornalistas de rádio e televisão a se mobilizarem em defesa dos seus interesses. A mobilização é essencial para a conquista do reajuste salarial, remuneração digna e demais direitos.

(Na foto, os representantes do Sindicato dos Jornalistas, do lado direito, e os representantes patronais, do lado esquerdo.)

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