Contra a violência, em defesa da equidade de gênero

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Na data em que se comemora mais um Dia Internacional da Mulher, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) rende homenagens a todas as trabalhadoras brasileiras, em especial às jornalistas, de todas as cores, raças e etnias, por sua importante contribuição para o desenvolvimento do país, para a democracia e a justiça social. E chama atenção do governo para a necessidade de se implementar políticas de equidade de gênero.

Nas últimas décadas, as mulheres avançaram muito na escolaridade, chegando a ultrapassar os homens em alguns países; sua expectativa de vida cresceu e sua participação na força de trabalho remunerada também. Mas, apesar dos avanços, elas ainda enfrentam barreiras discriminatórias que reforçam a desigualdade salarial entre mulheres e homens, o acesso a empregos mais qualificados e o aumento da violência.

No Brasil, o diagnóstico do Mapa da Violência 2015 aponta 4,8 homicídios por 100 mil mulheres, colocando o país na 5ª posição, evidenciando que os índices locais excedem, em muito, os encontrados na maior parte dos países do mundo. A situação ainda é pior quando se faz o recorte racial das vítimas. Entre 2003 e 2013, o número de homicídios de brancas caiu 9,8%, enquanto o de mulheres negras aumentou em 54,2%.

Os dados são preocupantes e mostram a necessidade de que a Lei do Feminicídio, sancionada em março de 2015, seja efetivada, para que possa mudar essa triste realidade.

As jornalistas brasileiras, que já representam 64% da categoria, igualmente enfrentam tratamento discriminatório no ambiente de trabalho, assédio moral e dificuldade de ascensão a cargos de comando. Por isso, é preciso continuar a luta por igualdade das condições de trabalho e de oportunidades.

Enquanto profissionais, as jornalistas brasileiras podem contribuir para a construção de uma sociedade melhor, que respeite as diferenças e promova equidade de gênero, na qual a mulher deixe de ser vítima da violência, tenha acesso à saúde e à educação e possa viver melhor.

Para isso é preciso que o governo brasileiro e a sociedade impulsionem o papel da mulher em todos os setores, melhorando a vida de todas no plano social e econômico, para que as mulheres possam participar das mudanças que o planeta necessita.

A Fenaj acredita que a luta pela igualdade de gênero é responsabilidade de toda a sociedade, mas parabeniza especialmente as mulheres que diariamente buscam a liberdade e equidade de gênero e reafirma seu compromisso com a causa.

Diretoria da Fenaj

Brasília, 8 de março de 2016.

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