Sindicatos pedem nova reunião de mediação e vão convocar assembleia.
Em reunião com o Sindicato dos Jornalistas, Sindicato da Empregados na Administração de Jornais e Revistas e Sindicato dos Radialistas, realizada nesta segunda-feira 14/12, representantes dos Diários Associados – jornal Estado de Minas, jornal Aqui e TV Alterosa – não apresentaram nenhuma proposta concreta para resolver os descumprimentos da legislação trabalhista pela empresa e não garantiram o pagamento do 13º Salário.
Diante dessa situação, os sindicatos já pediram uma nova reunião de mediação no Ministério do Trabalho e vão convocar assembleias dos trabalhadores para decidir o que fazer.
Na reunião com os sindicatos, os representantes da empresa fizeram uma longa exposição das suas dificuldades financeiras. No entanto, não apresentaram nenhuma proposta concreta aos trabalhadores, conforme tinha sido acordado na reunião de mediação realizada no Ministério do Trabalho no dia 2 de dezembro. Outro item solicitado pelos sindicatos e que não foi apresentado na reunião foi a folha salarial com discriminação dos valores, inclusive dos salários da diretoria.
Segundo os números apresentados pelos Diários Associados, este ano a empresa teve queda de 25% na sua receita e 51% na captação de anúncios. Ela já teria vendido todos os seus ativos, apurando nas vendas R$ 74 milhões. Esse dinheiro, no entanto, não foi usado para quitar seus débitos trabalhistas. A empresa alegou também que não está conseguindo obter novos empréstimos bancários.
No pedido de mediação feito ao Ministério do Trabalho, os sindicatos manifestam sua apreensão com a situação vivida pelos trabalhadores dos Diários Associados. “Embora as empresas do grupo econômico tenham apresentado um esboço financeiro resultante do seu ativo e passivo, estas afirmaram que somente pagariam o décimo terceiros de seus empregados caso lograssem êxito na busca de empréstimos junto às instituições bancárias”, informa o pedido. “Antevendo que os compromissos de pagamento da parcela do décimo terceiro podem não vir a ser honrados pelas empresas”, os sindicatos pedem urgência na marcação da reunião.