Servidores fazem campanha contra desmembramento da CGU

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O Unacon Sindical, sindicato que representa os servidores da Controladoria-Geral da União (CGU), lidera campanha contra o desmembramento do órgão e sua subordinação a ministérios, o que aconteceria na anunciada reforma ministerial da presidenta Dilma. Segundo o presidente da seção regional do Unacon Sindical, Tiago Lopes Teixeira, o possível desmembramento teria motivações políticas, enfraqueceria o combate à corrupção no país e não resultaria em redução de gastos pelo governo.

“O desmembramento da CGU está entrando na reforma ministerial muito mais com finalidade política, para enfraquecer sua atuação, do que para reduzir o orçamento federal”, denunciou Tiago Teixeira. “A CGU precisa continuar sendo um órgão só, subordinado à Presidência da República e atuando com autonomia”, disse, depois de reunião no Sindicato dos Jornalistas, com o presidente Kerison Lopes. “O movimento é importante porque o trabalho da CGU é fundamental no combate à corrupção e precisa ter autonomia para atuar”, disse Kerison.

Tiago Teixeira ressaltou que seria uma contradição um governo que vem combatendo a corrupção enfraquecera a CGU. “A CGU foi responsável pela criação do Portal da Transparência. Quarenta por cento das operações especiais de combate à corrupção nascem na CGU”, disse. A CGU fiscaliza a aplicação de recursos do governo federal pelos estados e municípios, em programas como merenda escolar, distribuição de remédios, Bolsa Família e outros. “Já fiscalizamos mais de vinte bilhões de reais aplicados em mais de quatro mil municípios”, informou Teixeira.

Segundo o Unacon Sindical, cada um real gasto pelo Estado com a CGU representa 19 reais que entram nos cofres públicos. Desde sua criação, a CGU teria também levado ao afastamento de mais de 5 mil funcionários públicos corruptos. O órgão tem cerca de 2 mil servidores, dos quais aproximadamente 80 em Minas Gerais. Uma petição pública contra o fatiamento da CGU está na internet: http://www.unacon.org.br/. A campanha conta com apoio suprapartidário, além da adesão de muitas entidades nacionais e internacionais.

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