O volume 2 do livro “Estamos vivos. A volta será pior – o DNA do terrorismo de direita em Minas” é um documento precioso para o estudo da história recente de Minas Gerais e do Brasil. Lançado na sexta-feira 11/9, o livro do ativista dos direitos humanos Betinho Duarte publica um amplo conjunto de reproduções de notícias sobre atos terroristas praticados por organizações de direita em Minas Gerais entre 1961 e 1995. Além das reprodução de matérias, o livro contém uma relação de fontes e uma lista de 460 notícias, ano a ano.
O volume 2 soma-se ao primeiro, lançado no final de agosto, na Casa do Jornalista, contendo textos dos jornalistas José Maria Rabêlo, Paulo Lott, Geraldo Elísio (Picapau), Márcio Metzker, Aloísio Morais, Otaviano Lage, José Carlos Alexandre e Fernando Miranda (coordenador) da publicação, além do próprio Betinho Duarte, outros militantes pela democracia e intelectuais como Otávio Dulci. Juntos, os dois volumes formam um alentado documento que deve ser consultado por todos aqueles que desconhecem ou se esqueceram dos duros tempos da ditadura e em especial por jornalistas.
O segundo volume mostra ainda com mais precisão que a imprensa é a primeira vítima do arbítrio. Antes mesmo da ditadura, o semanário Binômio, de Belo Horizonte, foi destruído por tropas de um general que se sentiu ofendido por uma matéria. O livro serve ainda como uma memória de jornais que tiveram grande importância para o país e desapareceram nas últimas décadas, em consequência da censura e da repressão.
“Estamos vivos. A volta será pior – o DNA do terrorismo de direita em Minas” teve tiragem limitada, com patrocínio parcial da Cemig e está sendo distribuído gratuitamente. Informações com o autor: betinhoduarte1968@gmail.com.
(Foto: Betinho, ao centro, durante lançamento do primeiro volume de “Estamos vivos”. Crédito da foto: Paulo Márcio Novaes.)