Nota do Sindicato dos Jornalistas do Rio sobre as demissões no portal Terra

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Quanto vale um jornalista? Pouco, muito pouco, de acordo com a lógica das empresas – que não param de demitir para depois contratar profissionais por salários cada vez menores. A bola da vez é o portal Terra. Nesta quinta-feira (6/8), foi anunciada a demissão de 80% dos profissionais da redação, incluindo aí o fechamento de sucursais – entre elas a do Rio de Janeiro. São mais de 60 jornalistas que agora estão sem emprego.

O absurdo não para por aí. A direção do site anunciou que o Terra agora será alimentado por apenas dez jornalistas, classificados como ‘curadores de conteúdo’. O que é vendido como ‘inovação’ e ‘multimídia’ se traduz na prática em sobrecarga de trabalho, acúmulo de função, baixos salários e o já conhecido assédio moral.

Em um ano com recorde de demissões nas empresas de comunicação do país, o Terra assume o 2º lugar entre os veículos que mais mandaram jornalistas embora em 2015. A Editora Abril mantém a liderança desse triste ranking, de acordo com os dados compilados pelo projeto Volt Data Lab. O projeto monitora as demissões na imprensa brasileira. Nos últimos 12 anos, o Terra recebeu R$ 75 milhões em verbas de publicidade do governo federal.

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro repudia as demissões e a reestruturação promovida pelo Terra ao custo do trabalho dos jornalistas. Reivindicamos uma reunião com a direção da empresa e estamos à disposição dos profissionais demitidos para orientações jurídicas e demais esclarecimentos pelo telefone 3906-2450 ou denuncia@jornalistas.org.br.

(Publicado no saite do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro.)

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