Jornais e revistas: nova rodada de negociação entre patrões e empregados

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O Sindicato dos Jornalistas volta a negociar com o Sindicato das Empresas de Jornais e Revistas da capital as reivindicações da Campanha Salarial 2015/2016. As entidades vão se reunir na próxima segunda-feira, dia 3 de agosto, às 16h. Será a terceira reunião para tratar do tema. Embora a pauta, com 36 itens, tenha sido entregue no dia 27 de fevereiro, as negociações pouco evoluíram, diante da intransigência dos patrões. A principal demanda dos jornalistas é a reposição do INPC (8,42%), além do aumento real.

A primeira reunião com representantes de jornais e revistas da capital aconteceu somente no dia 16 de abril. Os patrões alegaram dificuldades econômicas e propuseram antecipação imediata do reajuste de 4% nos salários e cláusulas econômicas, além da manutenção das demais cláusulas em vigor. A proposta incluía a retomada das negociações no prazo de seis meses, quando um novo reajuste seria avaliado. O Sindicato acenou que poderia aceitar a proposta, desde que fosse garantida a estabilidade para os jornalistas até a negociação final. Esta proposta do Sindicato dos Jornalistas levou em conta a busca da manutenção do emprego para a categoria.

Na segunda rodada de negociação, no dia 27 de abril, os patrões apresentaram a decisão de não aceitar a estabilidade defendida pelos jornalistas. Além disso, não mudaram em nada sua proposta e ficaram de realizar assembleia dos seus pares e propor nova reunião. Depois de várias tentativas do Sindicato dos Jornalistas de dar sequência às negociações, somente agora, passados mais de três meses, ela é retomada pela entidade patronal.

Além da reposição do INPC, outras reivindicações prioritárias são a concessão do tíquete alimentação ou refeição; implementação de garantia do emprego após assinatura da convenção coletiva, auxílio creche, acúmulo de funções, pagamento de valor correspondente ao do vale-transporte para os profissionais que usam transporte individual, inclusive bicicleta; adicional de salário por quinquênio trabalhado na mesma empresa; reconhecimento como dependente de planos de saúde o companheiro ou companheira que comprovar em união estável e homoafetiva; transporte fornecido pelas empresas cuja jornada iniciar ou terminar entre 23h e 5h30; wi-fi liberado nas redações; multas por atraso no pagamento do salário e do FGTS e por descumprimento de cláusula do instrumento normativo, além da manutenção das conquistas já previstas que não sejam objeto de melhoria.

As dificuldades nas negociações, decorrentes da intransigência dos patrões, exigem ampla mobilização da categoria, para conquistarmos ganho real em nossos salários.

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