Sindicatos de Minas Gerais e São Paulo tentam barrar demissões

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Com o anúncio de novas demissões no portal IG, em São Paulo, e na Band Minas, os Sindicatos da categoria nos 2 estados providenciam medidas para buscar contem o processo de dispensas em massa. No dia 11 de maio, dirigentes dos Sindicatos dos Jornalistas e dos Radialistas reuniram-se com um representante da TV Bandeirantes (Band Minas), cobrando informações relativas a 30 demissões. E no dia 14, diretores do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo buscaram apurar junto ao RH do IG informações de que cerca de 20 jornalistas seriam demitidos pela empresa.

No caso de Minas Gerais, João Melo, representante da Band Minas, contestou a informação inicial. Esclareceu que o número de demitidos era menor – 13 –, que a iniciativa devia-se ao fato da emissora passar por dificuldades financeiras, e que o programa Brasil Urgente será remodelado, passando a contar com a participação de uma empresa coprodutora.

Os sindicatos reafirmaram que, embora o número de demitidos seja menor, as dispensas configuram demissão em massa e por isso devem ser negociadas coletivamente, pelas entidades representativas dos jornalistas e radialistas. Os representantes sindicais solicitaram a reintegração dos dispensados e apresentaram uma lista de reivindicações, caso isso não aconteça: compensação financeira correspondente a um salário por ano de trabalho; plano de saúde pelo período de seis meses; tíquete alimentação e bolsa de estudos para readequação ao mercado de trabalho.

O representante da Band Minas comprometeu-se a levar as reivindicações à direção da empresa. Nova reunião entre as partes ficou marcada para o dia 21 de maio, às 15h, no Sindicato dos Radialistas.

Já em São Paulo, o RH do portal IG não confirmou as informações, mas em nota a empresa diz que as demissões são “reflexo da atual situação econômica vivida pelo país” e que “tem impactado diretamente no setor publicitário e, consequentemente, no jornalismo”.
Se confirmado o número de dispensas, trata-se de uma demissão em massa, já que atinge praticamente toda a redação, o que burla a legislação trabalhista e contraria a convenção 158 da OIT.

O portal iG é uma das empresas de internet que não reconheciam que em sua redação trabalham jornalistas. O SJSP teve que apelar para a Justiça para que eles fossem reconhecidos como tal. Somente no ano passado, depois de uma luta de mais de três anos, os patrões aceitaram negociar com o Sindicato e admitiram que contratavam jornalistas. E, mesmo que não os reconhecessem, legalmente eles são parte da categoria.

As entidades de representação dos jornalistas, como a Fenaj e os sindicatos, estão em campanha contra as demissões e se utilizarão de todos os instrumentos legais para impedir as demissões. O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo orientou os jornalistas a entrarem em contato com a entidade (fone 3217-6299 ramal 6298 ou através do e-mail jornalista@sjsp.org.br) para fortalecer a luta contra as demissões.

(Publicado pelo portal da Fenaj, em 15/5/15.)

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